sábado, 21 de junho de 2008

O céu sobre os ombros

Há nuvens cinzas entre as almas
e raios no lugar das palavras.
Há cicatrizes frias onde existia dor
e ainda dói.

O rancor vira saudade
e depois volta a ser rancor
A saudade...
Ah! Saudade!

A vida há de mostrar-lhe
que há verdade em meu pranto
e que as palavras saem puras
do peito de quem chora a dor
em meio a tantos risos.
Por que sorris?

São sonoras gargalhadas
contrastando com os soluços das lágrimas.
São muitas lágrimas
escondidas no sorriso.

Ainda assim canto a angústia
de ter que me sentir limpa
mesmo que em meio a toda a sujeira
que fantasias em nós.
Mas nosso cheiro não se deixa abalar com o tempo.

O senhor das contas, o tempo.
Contando os impulsos, somando os anseios,
tirando as feridas.
O senhor das curas, o tempo.

E, por mais que eu acredite
na força que temos um no outro,
é preciso entender
que o horizonte fica menor
quando se tem o céu sobre os ombros.

4 comentários:

Mateus Elipê disse...

Pq que o horizonte fica menor quando se tem o céu sobre os ombros? Imagino que o o horizonte fica infinito quando se tem o infinito sobre a cabeça. Se sua cabeça é tão vasta quanto o céu, e o horizonte está onde os teus olhos podem alcançar, o que vc projeta do infino é o infinito, entendeu? Eu quero meu céu sem núvens de féu...

bjos

Santiago das Letras disse...

:)

Thiago "Bozo" Oliveira disse...

Um xeru!

Thiago Veiga disse...

Legal.... interessante esse texto no contexto onde ponto de vista esta inserido..