quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

De leve

O amor faz da alma leve
E, de leve que é,
O amor voa e viaja
Mas volta
Sempre
De leve
Pro peito amado

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Medo da Saudade


Eu tenho medo da saudade

Que vem com o amor longe

E cresce ao ir

ainda mais longe que o amor


Eu tenho medo da saudade

Que aperta o peito

E traz receio de

Enlouquecer de dor


Eu tenho medo da saudade

Tenho pressa que a vontade

Seja maior que todo ardor


Eu tenho medo da saudade

Mas trago em mim felicidade

No retorno do calor


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma reflexão sobre ser vilão ou mocinho

Flora (A Favorita)

Hoje eu acordei com vontade de ser má.

Calma! Foi só uma vontade boba, baseada numa reflexão que, pra mim, faz todo sentido. Pense comigo e veremos como ser vilão vale muito mais à pena, se olharmos a relação custo-benefício. Outra coisa importante é que, aqui, entenderemos vilão como aquele caso típico das novelas, ok?

Já começamos pelo fato dos vilões serem bem mais inteligentes. Eles conseguem levar o mocinho no papo e bolam planos infalíveis que quase sempre dão certo. Eles levam a melhor durante todo o desenrolar da trama.

Paola Bracho e Paulina (A Usurpadora): olha pra elas, quem se diverte mais?

É por isso que, durante novela, o mocinho sofre, chora, briga com o amor da vida dele, perde o dinheiro, vira inimigo da família, é acusado de um crime que não cometeu, sofre acidentes gravíssimos, perde a guarda dos filhos e por aí vai.

O vilão, por sua vez, se diverte, vai a festas, ri da vida boa, fica rico (se já não for rico), conquista a presidência da empresa, casa (mesmo que forçadamente) com a mulher do mocinho, é bonito, sexy, esperto, safo, tem as melhores respostas, é confiante e sabe o quer.

É certo que, no final, normalmente o vilão se fode e o mocinho fica vingado e feliz. Mas sabe o que, de fato, acontece no final? A NOVELA ACABA.

E ai? Valeu à pena? Acho que não, hein...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Desamparo

O desamparo é primo do desespero.

É filho do desprezo,

Irmão do descompasso

E pai do desapego.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Todo Tesouros

Anjo barbado
Com olhos de abelha e mato
Ele é todo tesouros

São chaves, colares
Amores

sábado, 11 de dezembro de 2010

Força e Vontade

Eu me acostumei

E, assim, já não dói tanto

Assim, já não me importo

Já não sinto, não sofro

Não me assusto


Eu me habituei

Ao querer bem de um jeito mal

Ao sufocar da saudade

Ao não estar só na solidão


Eu assumi o risco

E agora bebo só, ando só

Vivo só


O amor se vai

Todo dia mais

E eu tenho força e vontade

Pra ir embora.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tomate Seco


Quase nada comigo funciona de uma vez só. Eu me considero uma pessoa objetiva para muitas coisas, mas não tenho o talento de resolver se gosto ou não, se quero ou não logo de cara. Eu preciso de tempo, de espaço. Eu gosto da conquista.

E sou assim pra quase tudo. Nunca me apaixonei à primeira vista. A pessoa me interessa, acho bonito, coisa e tal, mas daí a conhecer você hoje e já dar um passo a mais que um simples bate-papo é rápido demais pra mim. Avassalador, na minha realidade, é uma coisa que acontece aos poucos, acredite! Eu vivo intensamente, mas ao meu modo, na minha velocidade.

Com música também acontece assim. Quem me conhece sabe que é comum me ouvir dizer, após me apresentarem uma banda ou canção nova, a frase: “é legal, mas acho que ainda preciso ouvir de novo”. Há quem diga que me encanto rápido, mas eu, baseada nas minhas próprias experiências, não me considero uma pessoa lá muito fácil.

Curioso é que, mesmo sendo chata, eu não tenho problemas em conhecer e experimentar coisas novas (lá ele). Tem gente que já desgosta das coisas antes mesmo de tentar, não sou assim. Gosto de provar por A+B o porquê de eu achar algo bom ou ruim, ter minha opinião sobre os assuntos. Não gosto do que não entendo!

Engraçado é que gostar da conquista não significa que sou inalcançável. Eu acho até que me deixo conquistar mais do que deveria. Com comida é assim. Sei que minha relação com comida é doentia, que não é normal, que eu sou uma viciada em comida e preciso de tratamento (Já estou me tratando, ok? Viva o Vigilantes do Peso!), mas é algo que, definitivamente, não consigo controlar.

Acho que, se eu chegar a ficar velhinha, vou entrar para o livro dos recordes como aquela que menos desgosta das coisas. É um desafio achar alguma coisa que eu, realmente, não goste de comer. Tem aquelas comidas que não faço questão, que não fedem nem cheiram (maniçoba, pipoca doce – aquelas do saquinho cor-de-rosa - e etc.), mas NÃO GOSTAR é coisa rara no meu cardápio.

E essa lista diminui cada dia mais. Freqüentemente descubro que passei a gostar de algo que antes eu não queria sentir nem o cheiro. Foi assim com feijão verde (tudo mudou quando comi o de Tia bel, minha ex-sogra), ricota (comecei com as temperadas e, hoje, adoro todas), requeijão (graças ao que provei na casa de Kibi, vindo diretamente de Juazeiro do Norte), rúcula (um dia, comendo uma salada no shopping, percebi que tinha algo diferente e que estava deixando a salada ainda mais gostosa. Preciso falar o que era?)...

Essa semana vivi mais uma experiência dessas. Desde a primeira vez que comi tomate seco, odiei muito. A textura era horrível, melequento, borrachudo, um nojo. Tentei comer algumas vezes e em diferentes lugares (já disse que insisto pra provar pra mim mesma se gosto ou não, né?) e nunca funcionou. Anteontem não estava me sentindo muito bem e passei na Perini para comer algo e ver se melhorava. Optei por um sanduíche leve, feito com peito de peru, mussarela de búfala, alface e TOMATE SECO. Ok. Não tem tu, vai tu mesmo, pensei.

Já na primeira mordida ouvi sininhos. MEU DEUS, QUE DELÍCIA DE TOMATE SECO! Comi tudo e lambi os dedos! Passei o resto do dia pensando no tomate seco delicioso que havia comido (é o que quero dizer com “minha relação com comida é doentia”) e querendo, obviamente, mais. Agora eu saí do time das que catam o tomate seco do sanduíche para aquelas que pedem que o coloquem!

Amigos, estejam preparados porque vem overdose de tomate seco pela frente!