Agora ela começa a entender. Ela está com raiva, mas agradece mesmo assim. O ditado diz que há males que vêm para o bem e ela concorda. Ao menos essa verdade a cabe. Ela acredita nisso. Já basta.
Pobre da menina que viu flores e não semeou amor. O rapaz que a colheu sentiu o cheiro e gostou, mas não lembrou que, sem cuidado, a flor murcha e perde a cor.
A menina empalideceu, alvejou, sumiu em questão de minutos. A dor é no coração, não se sofre na cabeça.
A nuca da menina flor é dura de tensão. Tensa da falta de olhar do rapaz de colheita. O rapaz que também não semeia ficou.
Ele não percebe os olhares da menina flor. Ela agora é transparente diante dele. O brilho que se esvaiu não volta. Outro há de surgir.
O rapaz que não semeia colhe outra flor e cuida. A outra flor brilha. Cheira mais que a menina diante do rapaz. A menina flor diminui e espera, confia.
A flor da menina não tem cor aos olhos do rapaz que não semeia, mas colore o ar do rapaz que mudou, que voltou a ser o que era.
Essa cor é a mais bonita, é a do verdadeiro amor.
3 comentários:
Que lindo lai. Tão lírico, tão sublime, tão entrelinhas...Amei. Encheu meu coração de uma sensação tão bonita...
Quero que reguem bem a sua flor, viu?
Acho que essa menina andou pela praia lá do meu blog.
Amo nossa sintonia.
Amo você!!
bjo
gostei de ler isso três vezes.
**:
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