quarta-feira, 7 de novembro de 2007

E eu...

Eu que sinto esse vazio no peito
que só eu sei o doer que causa.
Eu que sinto que não terei
tão cedo aquilo que almejo
com a alma, com o corpo e o olhos.

Eu que vejo tão longe o desejo.
Eu que sinto de perto o calor,
o frio, o suor e o tremor.

Eu que vejo os abraços gastos e os beijos
recheados de um tesão que vem do estômago
sem respeito, sem pudor.

Eu que sou um círcular quadrado
que não se encaixa em lugar algum
nessa brincadeira de encaixar.

Eu que não sei o motivo de gostar
e menos ainda, o motivo de não querer gostar.
E gostar mais.

Eu que vagueio na beira das águas
e sinto o sal no rosto que não vem do mar.
As espumas brancas que afundam meus pés,
elas pesam.

E eu que não sinto mais. E eu que não vejo mais.
E eu que só quero estar onde você já não pode.
Eu que não sei nem mais o gosto,
o gozo e a direção.

7 comentários:

Ju disse...

que lindo lai!
se perder de amor dói tanto, tanto..e faz-se mais pranto quando a gente acha que não vai se encontar nunca mais...

likka disse...

olha sua vida, mulher...
lindo o texto, como sempre... me sinto repetitiva! heheheh!
te amo, amiga! beijos...

Pedro Cordier disse...

Puxa!! Vc quem fez essa poesia? Linda mesmo... se poesia pudesse ser "classificada" esta seria uma "poesia com alma" como denomino as poesias não técnicas e sim transcritas diretamente do coração...

Um grande beijo, futura jornalista-poetisa.

Luz, Paz e Amor! Namaste!

Paula Noyb disse...

Linda poesia laly... tou meio assim!

têco disse...

Li, reli, treli...

Acho q não estou num momento bom para interpretá-lo. Depois eu volto.

BJO!

peu disse...

ALELUIA! LALY VOLTOU! :*
te adoro. mais e mais.

Mateus Elipê disse...

Voltei...

Rpz, senti um "quê" bem gostoso nesse texto. Um erotismo platônico talvez. Caramba, isso dá pano pra manga...

Acho q entendi o sentido dessa criança após uma determinada conversa...

bjos