quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Acreditar

Enquanto for possível eu vou acreditar, só não garanto eternidade. O tempo é doloroso demais para permitir que as coisas fiquem tanto tempo. Muito é coisa de exagero e eu quero só um pouco, apesar de quase nunca estar satisfeita. Melhor é um pouco mais.
Suas ausências machucam, sim. Não nego. Mas elas me fazem reconhecer o mundo sem você, como um tipo de treinamento. Eu vou ensaiando para o dia em que o buraco será definitivo.
Por mais que eu tente, o calor dos seus dedos e o ruído do seu sorriso fazem falta. Fizeram por todos os dias, acredite. Pode até parecer loucura, impulsos insanos, devaneios meus, mas, independente do que seja, o fato é que as coisas estão se desdobrando (ou se enrolando mais ainda) dessa forma. Os fatos são mais importantes que qualquer suspeita ou insinuação.
Saiba que apesar de cedo, foi tarde, tudo isso. Apesar de novo, é velho. É tudo um retorno muito intenso a sentimentos ignorados por aquele mesmo tempo que falei outrora. Aquele mesmo tempo que te trouxe e levou tantas vezes e que parece não intencionar fazer diferente dessa vez.

[10/05/2007]

2 comentários:

Juliana Correia disse...

Lai, eu me identifiquei muito com o seu texto! Quase copiei e colei e mandei pra uma pessoa...
Muito bonito isso..
Olha, não sei não, mas eu acho que dá sim para viver sem qualquer pessoa, a tudo o ser humano se sustenta e se acostuma, a questão que impede primordialmente é a vontade (tirando a morte que corta essa possibilidade). Pois, se estão afastados e você não prefere assim, você fica ali perseverando pela sua vida, pela sua felicidade, pelo que você acredita que te faz bem...
O amor é complicado, mas o seu texto é perfeito. Parabéns de novo...

vivocêlánofuturo disse...

todos são iguais. nunca foi diferente.

o amor não acaba pra quem é do bem.