quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Agoro, Urucubaca, Olho Gordo


Mau olhado é a inveja transmitida pelo olhar que, ao lançado sobre a vítima, lhe causa falta de sorte e outras conseqüências oriundas dessa energia ruim. E o que não falta nessa vida é inveja, mas até onde o simples fato de invejar (não acompanhado de alguma ação propriamente dita) pode ocasionar problemas ao objeto invejado?

Urucubaca, olho gordo, dor de cotovelo. Não importa como a chamem, seja boa ou ruim, ela está sempre lá de algum jeito, em algum momento. Não conheço um ser humano vivo na Terra que não tenha uma história de inveja pra contar.

Há quem diga que mau olhado tem sintomas como esmorecimento, langor, falta de animação. Outros ainda defendem que dá pra saber imediatamente quando o mal é lançado pra você: se, ao te olharem fixamente, você sentir muita vontade de bocejar ou espirrar sem parar, já era! Você foi atingido.

Acho engraçada a preocupação de alguns em afastar o suposto mau olhado. É simpatia de tudo que é tipo. Chega a ser pretensioso esse pensamento de que, quando alguma coisa dá errado é porque jogaram o olho gordo em cima. A simples falta de sorte ou, até mesmo a incompetência é descartada. Muito cômodo, por sinal

Outro dia, em mais um engarrafamento na capital baiana (tenho até medo de contabilizar a quantidade de horas que perco no trânsito diariamente), percebi que alguém no carro da frente estava muito preocupado em mandar algum invejoso pra bem longe. No fundo do carro havia dois adesivos: “Tire os Zoio, invejoso!” e “No me Inveje. Trabalhe” (vale ressaltar o quanto acho péssimos esses derivados do famoso “No Stress”).

O carro era um Logan, da Renaut. Confesso que não faço a menor idéia se isto é ou não digno de inveja porque devo ser a pessoa que menos entende de carros em toda a galáxia! Até o momento, pra mim, Logan era o nome do Wolverine. Agora aprendi que é, também, o nome de mais um carro com versão sedan... Que, por sinal, são todos iguais.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Insônia

Enquanto dormes

Em meu canto

Penso no sono

Que agora me falta

Ao sonhar acordada

Com a vontade

De velar teu dormir

Ou compartilhar dele.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cicatriz

O risco de deixar sarar de vez uma ferida
é que ela pode nunca mais voltar a doer.