segunda-feira, 30 de abril de 2007

Eu insisto!

Ainda não me ensinaram a ser mais racional. Eu queria ter total controle dos meus sentimentos e, melhor, dos teus! Eu queria aprender a ser menos "coração". Dói, muito mesmo. Os caminhos mais longos são aqueles em que eu vou com as mãos soltas, se mexendo pra frente e pra trás me enganando, fingindo estar me dando um equilíbrio que não, não existe!
Eu ando cambaleando por aí. À toa, na rua.
A minha maior droga é a ausência que fazes aqui. E a minha maior inveja é a tua felicidade. Mas é ela que me faz sentir que existo: és feliz! Isso me faz mais bem do que mal.
E então, num "balançar" quase de queda, a vida vai se esvaindo e eu vou vagando na esperança de alguma mão segurar a minha. Quem sabe a tua? Quem sabe? Quem?

domingo, 22 de abril de 2007

Liberdade

Hoje eu não vou ocupar muito o seu tempo. Serei breve, portanto.
Hoje eu li num livro que nos tornamos responsáveis por tudo aquilo que cativamos.
Hoje eu acordei pensando que não quero mais certas coisas pra mim.
Hoje eu acordei pensando que a coisa mais certa a fazer é não olhar pra trás.
Hoje eu acordei com saudade dos meus amigos.
Hoje eu acordei fraca e não apareceu ninguém.
Hoje eu fiquei forte por estar sozinha.
Hoje eu aprendi que não quero essa tal responsabilidade pra mim.
Hoje eu vi que discordo de um monte de coisas que as pessoas concordam.
Hoje eu quis gritar por liberdade.
Hoje eu ouvi coisas que me fizeram sentir impotente.
Hoje eu me senti sem o controle de mim e minhas atitudes.
Eu quero a liberdade. E não é só hoje.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Grito de Alerta [Gonzaguinha]

Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça
Me bota na boca um gosto amargo de fel
Depois vem chorando desculpas, assim meio pedindo
Querendo ganhar um bocado de mel
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo, reflito, estendo a mão
E assim nossa vida é um rio secando
As pedras cortando, e eu vou perguntando: até quando?
São tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo
Amassando aos poucos com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo de gritos e gestos
Num jogo de culpa que faz tanto mal
Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errada
O quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio
E que já não dá mais pra engolir
Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta
Eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende o meu grito de alerta
Veja bem, é o amor agitando meu coração
Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não.

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*Ela explica tudo. Mesmo, mesmo!

domingo, 15 de abril de 2007

Devia ser proibido:

Brincar com o sentimento dos outros.
Dizer mentiras.
Falar "eu te amo" sem o sentir.
Dizer que é diferente pra quem é igual.
Falar demais o que não se deve.
Abraços vazios.
Beijos distantes.
Amor não correspondido.
Dor de cotovelo.
Arrependimento.
Dúvida.
Sofrimento.
Você.

domingo, 8 de abril de 2007

Domingo de Páscoa.

Ela anda meio sem chão. Vazia, feito um caco, oco, aos pedaços. E o outro, distante que só a gota, nem veio lhe dar um abraço e desejar uma Páscoa menos ruim. Os livros não ajudam, nem a TV e nem a companhia de si mesma, era a única que tinha. Pra completar, as coisas tendiam a dar errado. Sim, errado. Nem adiantavam o planos, o tiro iria sair pela culatra da maneira mais inesperada, diria até mais engraçada possível. "Eu não acredito, isso tinha que acontecer comigo". E acontecia, era tudo, mais ou menos, assim, nesse nível.
Sabe o que é isso? O destino. E que Destino FODA esse... que Destino do cão. Ela torcendo pra acontecer e aí acontece, mas do jeito que ela não queria que o fosse e, também, da maneira mais legal que poderia ter sido. Vai entender esse Destino...
A esperança é a última que morre. E agora? É... não sobrou mais nada... e TUDO!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Dos palcos às telonas.


"Ó paí ó": expressão popular que virou título da peça encenada pelo Bando de Teatro Olodum na década de 90 e que virou filme recém estreado em todo o Brasil. O filme que tem no elenco atores como Lázaro Ramos, Wagner Moura, Dira Paes, Stênio Garcia, Emanuelle Araújo, Gustavo Mello, além dos atores do própro Bando e dirigido por Monique Gardenberg conta de uma maneira descontraída e cheia de baianidade a vida no Pelourinho, em Salvador, mas sem perder de vista a crítica social. O filme mostra o cotidiano e as dificuldades encontradas por moradores de um cortiço em plena semana de carnaval. O filme é bem fiel à peça ao retratar a exclusão e desigualdade social. É um filme para rir e chorar, com certeza.
"Ó paí ó" é uma ótima pedida para aqueles que querem dar boas risadas e, ao mesmo tempo, repensar a realidade da população baiana.


O filme "Ó Paí ó" está em cartaz nos principais cinemas de Salvador e a peça voltou a ser apresentada do Teatro Vila Velha às Sextas e Sábados.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

O nome

Ele a queria. Ela o tinha. O maior desejo da vida dele era que ela o percebesse. Ela percebeu. Finalmente seus olhos se encontraram. Ele acenou com as mãos. Ela sorriu acanhada. Era uma tarde linda, clara e fresca.
Noutro dia seus olhares novamente se cruzaram e ele se aproximou. O coração dela palpitava mais forte a cada passo que ele dava. Ele não via a hora de tocar-lhe as mãos.
Ele perguntou seu nome. Alice, ela respondeu. A voz dela era como um canto leve, que ele ouviu com um prazer que jamais sentira. Ele se chamava Víctor, mas isso ela não procurou saber.
Ele a olhava nos olhos, cada vez mais de perto. Os olhos dela enchiam-se de lágrimas e uma gota de amor rolou em sua face quando os lábios dele tocaram os dela num gesto delicado e sereno, banhado de ternura e respeito.
Ele agora sentia seu corpo inteiro formigar. As mãos dela tremiam. Nenhum dos dois jamais entendeu o que houve naquele dia.
Ela sorriu e ele guardará aquela imagem para sempre. Ela virou-se e se foi. Como um anjo, flutuava pela rua. Ele, parado, assistiu-a partir. E dalí em diante não mais seus olhos se cruzaram.
Ela nunca irá esquecer aquele toque e, ele, o seu sorriso. E o beijo que ali aconteceu, também, jamais será esquecido.
Por mais que o tempo passe e que outras pessoas apareçam, no coração dele a lembrança de Alice viverá e ela só irá se lembrar dele: o menino que lhe roubou um primeiro beijo e o qual ela não sabe sequer o nome.